Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Observatório de Causas de Grande Repercussão reúne-se com o Ministério Público de Alagoas sobre o Caso Braskem - Conselho Nacional do Ministério Público
Observatório
Publicado em 17/1/24, às 17h31.

observatorio mpal 17 01“O trabalho do Ministério Público de Alagoas foi o maior caso de atuação preventiva de desastre no Brasil.” Foi por meio dessa declaração que o Observatório de Causas de Grande Repercussão, composto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reconheceu o trabalho da força-tarefa criada pelo MPAL para atuar no Caso Braskem. Em reunião ocorrida na manhã desta quarta-feira, 17 de janeiro, com a chefia da Instituição e com os promotores que atuam no caso, o Observatório elogiou a atuação do MPAL ao longo dos últimos cinco anos contra a mineradora.

Na ocasião, o corregedor nacional do Ministério Público, conselheiro Moacyr Rey Filho, elogiou a forma de condução do MPAL: “Esse é um caso de sucesso porque vimos o Ministério Público atuando de forma resolutiva e eficiente na busca pela reparação e pela compensação que precisava ser ofertada às famílias. Os resultados vieram rápido diante da grandiosidade do problema e as vítimas foram assistidas. Por isso, externamos os nossos parabéns aos colegas que têm se dedicado a essa causa”, declarou.  

O conselheiro do CNMP Ângelo Fabiano Farias também destacou a forma como o MPAL conduziu a questão: “O trabalho do Ministério Público de Alagoas foi o maior caso de atuação preventiva de desastre no Brasil. Estamos diante de uma situação de alta complexidade e o maior objetivo, que é a preservação de vidas, foi alcançado. Não tivemos a repetição de tragédias como Brumadinho e Mariana e isso se deu porque tivemos um trabalho árduo desenvolvido pelo Ministério Público de Alagoas ao lado de outras instituições”, disse o conselheiro.

O secretário-geral do CNMP, Carlos Vinícius Alves, informou que o Observatório de Causas de Grande Repercussão quer contribuir com o trabalho da FT e afirmou que vai iniciar tratativas com a União na busca de um terreno para a construção do novo hospital público psiquiátrico. Segundo ele, o colegiado vai sugerir que esse espaço seja doado ao estado de Alagoas, de modo que o Portugal Ramalho possa ser realocado.

Ao recepcionar os integrantes do Observatório, o procurador-geral de Justiça, Márcio Tenório, apresentou uma linha do tempo de toda a atuação da força-tarefa e destacou que o trabalho foi realizado de forma conjunta com outras instituições: “Foi um esforço coletivo feito pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal e Defensorias Públicas do Estado e da União. Trabalhamos intensamente para que todas as medidas adotadas oferecessem a máxima segurança jurídica àquelas famílias e para que as vítimas pudessem restabelecer suas vidas, de forma digna, em outra localidade. E assim seguiremos atuando, buscando a responsabilização da Braskem e a reparação aos danos causados ao Estado de Alagoas. Inclusive, criamos um hotsite onde consta todo esse trabalho, desde a primeira ação civil pública proposta até o último acordo celebrado. É uma ferramenta de fácil navegação onde podem ser encontradas também todas essas peças judiciais”, afirmou.

Pelo Observatório, também participaram do encontro o membro auxiliar da Presidência do CNMP, Bernardo Morais, os juízes de Direito/assessores de Apoio Interinstitucional do Conselho Nacional do Ministério Público, Paulo Afonso de Amorim e Atalá Correia, e a ex-conselheira do CNJ Maria Tereza Uille.

A força-tarefa do MPAL    

A força-tarefa do MPAL é composta pelos promotores de Justiça José Antônio Malta, Jorge Dória, Max Martins, Jomar Amorim e Adriano Jorge. Todos estiveram presentes à reunião. Ao fazer uso da palavra, Malta Marques falou sobre a primeira medida adotada pelo Ministério Público, ainda em 2019, logo quando o problema surgiu: “Ajuizamos uma ação cautelar justamente para garantir o ressarcimento aos moradores atingidos pela ação da mineradora. De lá para cá, foram incansáveis dias de trabalho e na busca por justiça para as vítimas do afetamento do solo nos cinco bairros atingidos”, recordou.

Já o promotor de Justiça Max Martins explicou que, apesar de a área dos flexais não estar na área de criticidade, o MPAL tem trabalhado para que a Braskem também contemple aquela comunidade. “O acordo que celebramos tem cláusulas que estabelecem a inclusão de mais pessoas a serem ressarcidas, caso seja comprovada a necessidade de novas realocações”, frisou.

Por fim, o promotor de Justiça Jorge Dórea ressaltou que todas as medidas adotadas pelo Ministério Público, judiciais e extrajudiciais, envolveram questões indenizatórias, socioambientais e sociourbanísticas. “Agimos na busca pela transformação social, objetivando garantir direitos e agir na proteção a essas pessoas confiam no Ministério Público”, declarou.

Veja aqui mais fotos da reunião. 

Com fotos e informações da Coordenadoria de Comunicação do MPAL 

Matéria relacionada

CNMP, CNJ e Corregedoria Nacional estão em Maceió para acompanhar processos do caso Braskem

Secretaria de Comunicação Social
Conselho Nacional do Ministério Público
Fone: (61) 3315-9424
jornalismo@cnmp.mp.br 
Twitter: cnmp_oficial
Facebook: cnmpoficial
Instagram: cnmpoficial
YouTube: conselhodomp