Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Opinião pública e os grandes casos criminais é tema de debate - Conselho Nacional do Ministério Público
Seminário
Publicado em 28/6/16, às 16h34.

fotocapaO segundo dia do seminário “Grandes casos criminais: experiência italiana e perspectivas no Brasil” foi encerrado na noite desta terça-feira, 28 de junho, com a Mesa “A opinião pública e os grandes casos criminais”. O evento, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), começou ontem, dia 27, e se estende até essa quarta-feira, 29, na sede do Ministério Público Militar (MPM), em Brasília-DF.

A Mesa “A opinião pública e os grandes casos criminais” foi presidida pelo conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Sérgio Ricardo de Souza. Durante a abertura dos trabalhos, o conselheiro afirmou que é prioritário que a imprensa, de forma imparcial e responsável, “continue a informar sobre a relevância dos trabalhos repressivos das instituições como o Ministério Público, as Polícias e o Judiciário, contra os corruptos, não permitindo que o discurso fácil, mas sedutor, da segurança econômica e política leve ao encerramento prematuro do combate sistemático à corrupção sistêmica”.

Por sua vez, o jornalista italiano Rocco Cotroneo, do Corriere de La Sierra, fez um balanço da atuação da imprensa da Itália durante a Operação Mãos Limpas. Ele destacou dois papéis da mídia nesse episódio: sustentação da popularidade e da legitimidade da Operação e divulgação dos desdobramentos das investigações. Além disso, enfatizou a realização de compartilhamento de notícias e de alianças entre magistrados, repórteres e editores.

O jornalista Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo, fez considerações sobre carta escrita pelo juiz Sérgio Moro em 2004 acerca da Operação Mani Pulite (Mãos Limpas). Dávila destacou que a carta aponta a opinião pública como parte fundamental do sucesso da Operação

Dávila concluiu sua apresentação ao discorrer sobre os desafios da cobertura jornalística da Operação Lava Jato: fato recente e dependência de três tipos de fontes - apuração própria, vazamentos (seja de quem for) e divulgação oficial.

“Com a Operação Lava Jato, a opinião publica se manifesta cada vez mais veemente. E nesse caso, o papel da imprensa é noticiar o que sabe, desde que haja interesse público, independentemente de quem vai ou não agradar”, concluiu o jornalista.

O jornalista Felipe Recondo, do site Jota, apontou que a cobertura da imprensa na Operação Lava Jato difere de outros casos, como o conhecido como “Mensalão” e a “CPI dos Correios”.

O debate foi concluído pelo procurador regional da República e chefe de gabinete do procurador-geral da República, Eduardo Pelella. Ele destacou que existe um problema de análise política a respeito de uma suposta atuação do MP. “A política não contamina as atividades, mas contamina a análise”, concluiu. “Devemos buscar a transparência naquilo que não esbarra no limite da legalidade e, especialmente, quando não atrapalha a nossa estratégia processual”, complementou.

O seminário “Grandes casos criminais: experiência italiana e perspectivas no Brasil continua nessa quarta-feira, 29 de junho. Às 9 horas da manhã, ocorre a mesa “Jurisprudência e o enfrentamento à corrupção”, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. Às 14 horas, começa a mesa “Reações às técnicas especiais de investigação”.

Veja aqui mais informações sobre o evento.

Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).

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